Professores da USP encerram greve; na Unicamp, paralisação segueDa redaçãoEm São Paulo
Os professores da USP (Universidade de São Paulo) decidiram, em assembléia realizada nesta segunda (11), encerrar a greve iniciada em 23 de maio. Eles aceitaram a proposta feita pelo Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas), que dá reajuste salarial de 3,37% aos servidores das três universidades e o acompanhamento da arrecadação do ICMS (imposto sobre a circulação de mercadorias e prestações de serviços) para a incorporação futura de parcela fixa de até R$ 200 aos salários.A decisão de encerrar o protesto, entretanto, não foi unânime, segundo o vice-presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp), Francisco Miraglia. Na assembléia, havia cerca de 200 professores.O Cruesp realizou na última quarta (6) a terceira reunião de negociação com os grevistas, representados pelo Fórum das Seis, entidade que reúne funcionários e professores das três universidades estaduais paulistas (além da Unicamp, USP e Unesp).No encontro, os reitores detalharam a proposta de aumento de 3,37%, ofertada na primeira reunião, em 24/5. Para que a parcela fixa desejada pelos servidos seja viabilizada, o Cruesp sugeriu a formação de uma comissão -- com representantes dos dois órgãos -- para acompanhar mensalmente a arrecadação do ICMS. As universidades estaduais paulistas recebem, como orçamento, 9,57% de todo ICMS arrecadado pelo Estado mensalmente.Além disso, os professores consideraram que houve um avanço com a publicação, no dia 31 de maio, de um decreto declaratório do governador José Serra (PSDB) que explicita que outros decretos publicados no início do ano não ferem a autonomia universitária.UnicampEm assembléia realizada nesta segunda-feira (11), a Adunicamp (Associação dos Docentes da Unicamp) decidiu manter a greve, que teve início no dia 23 de maio. Participaram da votação 110 docentes. A decisão sobre a continuação do movimento não foi unânime, mas a entidade não divulgou o balanço dos votos. Os professores marcaram para a próxima quinta-feira (14), às 10h, uma nova assembléia para avaliar o movimento e discutir mais uma vez a questão salarial. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, 12% das aulas não foram dadas nesta segunda-feira. Estão sem aula o IEL (Instituto de Estudos da Linguagem), IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas), IA (Instituto de Artes) e FE (Faculdade de Educação). O IG (Instituto de Geociências) e a FEF (Faculdade de Educação Física) voltaram às atividades. A Unicamp tem cerca de 1.700 professores e 34 mil alunos (graduação e pós-graduação). OcupaçãoOs estudantes que ocupam o prédio da reitoria da USP desde o dia 3 de maio permanecem no local.Segundo informa a Folha Online, o grupo agora também assumiu discussões alheias a assuntos acadêmicos. Os alunos dissem, em seu blog, que agora discutirão o que consideram "repressão na fábrica Cipla" em Joinville (SC). A fábrica de materiais de construção havia sido ocupada por funcionários, mas eles foram retirados pela polícia. Está marcada uma nova assembléia de estudantes para discutir a ocupação na terça (12), às 18h. Segundo informações da rádio Jovem Pan, o secretário do Estado de Justiça, Luiz Antônio Marrey, disse nesta segunda que não descarta o uso da força policial para que a reintegração de posse do prédio, expedida em 16/5, seja cumprida e que os alunos podem ser processados. Com informações da Jovem Pan, da Agência Estado e da Folha Online
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